segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Ao nível histórico, somos a geração que goza do fenómeno da democratização e massificação do ensino, que mais percentagem de licenciados detém, mas a experiência revela
Muita erudição, Pouca construção...

O tempo dos mestres passou, o da observação, experimentação, maturação das ideias, o tempo de reflexão. Os anciãos assumem a preferência pelo seu tempo e a pena pelos jovens de hoje.

Giddens afirma vivermos no tempo da pós-modernidade, caracterizado pela insegurança do Indivíduo, o prémio pela reflexividade e pela lei da incerteza e do caos.

Wim Wenders fala-nos do tempo.

A geração dos pais subiu a fasquia, e as teorias da psicologia e sociológicas deixam um desafio, o caminho intergeracional traz o desenvolvimento e a evolução - a próxima vem para melhorar, colmatar falhas.

A obrigação é clara: subir no ascensor social, nunca, mas nunca descer; ter e trabalhar segundo uma maior formação profissional; ao mesmo tempo obter um maior capital cultural. Tudo isto sem tempo, o tempo necessário à ponderação, esta por sua vez necessária ao sucesso.

Conseguimos estruturas para o desenvolvimento, capital para o obter, ambos, desafios históricos e políticos, mas aquele que pré-existe à civilização aniquilámo-lo da nossa agenda, o calendário é desenhado segundo tarefas.

Wim Wenders fala do tempo, este variável segundo a nossa postura perante ele: "Para o apressado o tempo escoa (..)". Segundo esta teoria o tempo pode constituir um obstáculo para os nossos objectivos. Mas, debruçando-nos sobre nós próprios, sobre os nossos reais objectivos, as nossas altas exigências: o ideal de perfeição pensado ser tangível trabalha contra nós.

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