sexta-feira, março 16, 2007

Tenho saudades de quando te ia buscar à escola.
De quando o rio estava entre nós, e o caminho para ti era uma viagem num barco e o sol que se afundava, espelhado na água, anunciava o nosso encontro. Toda a natureza celebrava. E era a Poesia...
O tamanho da nossa felicidade, fazia-nos esquecer do umbrella quando chovia lá fora, e uma dita desconhecida nos daria boleia no seu, para saborear, sorver da nossa alegria, da nossa juventude. Ela sabia-o. Nós sabiamos.
Tenho saudades de te roubar um beijo no banco do autocarro que levava galinhas.
Agora, as compras substituiram a viagem no rio, o ferro os passeios nocturnos em busca de fotografias únicas, e o despertador pela manhã substituiu o pequeno almoço no D2.
Ainda assim, sem explicações, nem porquês, desejo o final do dia para nos reencontrarmos nos teus braços debaixo do mesmo edredon, mesmo que com mais duas alminhas sedentas de mimos pelo meio.
Continuas com o mesmo olhar, eu continuo a olhá-lo da mesma forma, adorava diminuir ao ponto de andar sempre no teu bolso.
Agora à noitinha ao ouvir a Radar, relembro a Sétima Legião, e my god, lembro-me desses tempos, quando lhes coube o sucesso, e ena, eram os ninetys, tudo seria possível.
E pá agora lembro-me não fazia ideia o que me esperava, nessas alturas não fazemos mesmo ideia, pois não?

terça-feira, março 06, 2007

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segunda-feira, março 05, 2007

E isto é mesmo assim...

...ver Barcelona, Espanha, é ver arte nas mais variadas e espectaculares formas, até doer os olhos, até não poder mais. Torna-se viciante, habituam-nos mal. A Fundação Miró, a Sagrada Família, as Casas da Ilha da Discórdia, o Parque Guel, o Teatro Dalí, mostram a liberdade que deram aos artistas, conscientes que se estava a fazer história.

Venho com a barriga cheia, e agora vou devorar todos os livros da Taschen e da Paidon, para responder a todas as perguntas que coloquei ao mirar estas obras de arte, por exemplo Gaudi, sendo tão devoto à Igreja Católica, pareceu mais Cristão, e não descanso enquanto não perceber a presença de dois triângulos invertidos e de um criptograma na Fachada da Paixão da Sagrada Família, e o sublinhado de duas frases na transcrição da Bíblia nas portas desta catedral: "Jesus de Nazareth, Rei dos Judeus" e "O que é a verdade?".

Miró apresenta uma tão grande sinceridade nos seus trabalhos, que, quase ingénua e infantil, nos faz entregar os nossos melhores sentimentos nas pontas do seus dedos e ele dançando com eles, sensibiliza-nos, comove-nos.

Dalí, dá-nos o espectaculo, o monumental, suficiente para andarmos quatro horas de comboio até quase à fronteira com França para ver o seu trabalho no Teatro Gala-Dalí. Aí é a surpresa e o espanto, tabua-rasa a simbolos universais, e da previsibilidade da beleza nas artes plásticas.

To be continued...