quarta-feira, novembro 30, 2005
Basta Café!
Há muito tempo que não descobria uma pérola como este bar. Fica na Rua D. Estefânia 175, mais precisamente na Casa dos Dias da Água, património da Sensurround.
A casa é uma preciosidade, traça antiga, mas muito bem conservada, as paredes e acabamentos são ao estilo Arte Nova em madeira maçiça talhada e papel de parede veludo encarnado, o resultado é um ambiente cinematográfico e bastante acolhedor. Como se não bastasse a cereja em cima do bolo é o jardim por detrás do bar com árvores centenárias e calçada portuguesa, um jardim Lisboeta pois então, que para as tardes e noites quentes de Verão será perfeito. O atendimento é excelente e a comida nem se fala, mas se querem apenas beber alguma coisa experimentem o capuccino que é divinal. Quanto à musica, o som complementa perfeitamente o conceito deste espaço, conhecia a playlist todinha, este será o meu "spot" de eleição para durar tenho a certeza disso...
A casa é uma preciosidade, traça antiga, mas muito bem conservada, as paredes e acabamentos são ao estilo Arte Nova em madeira maçiça talhada e papel de parede veludo encarnado, o resultado é um ambiente cinematográfico e bastante acolhedor. Como se não bastasse a cereja em cima do bolo é o jardim por detrás do bar com árvores centenárias e calçada portuguesa, um jardim Lisboeta pois então, que para as tardes e noites quentes de Verão será perfeito. O atendimento é excelente e a comida nem se fala, mas se querem apenas beber alguma coisa experimentem o capuccino que é divinal. Quanto à musica, o som complementa perfeitamente o conceito deste espaço, conhecia a playlist todinha, este será o meu "spot" de eleição para durar tenho a certeza disso...
terça-feira, novembro 29, 2005
sexta-feira, novembro 25, 2005
Para o meu outro
Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe
Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou
Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau
Carlos T
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe
Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou
Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau
Carlos T
Martinique, 1972
Linch começou aqui:
Satiric Dancer, 1926
Bocskay-tér, Budapest, 1914
Expliquem-me como é que uma pessoa que nasceu onde existia pouco ou nada, consegue tirar estas fotografias... André Kertész, considerado um dos melhores fotógrafos do século passado. Viveu duas guerras, viu a destruição e a reconstrução dos mundos e das pessoas, e indubitavelmente, com "a sensibilidade modernista europeia", registou as grandes mudanças de um século de extremos (Hobbsbawn) captando momentos.
Expliquem-me como é que uma pessoa que nasceu onde existia pouco ou nada, consegue tirar estas fotografias... André Kertész, considerado um dos melhores fotógrafos do século passado. Viveu duas guerras, viu a destruição e a reconstrução dos mundos e das pessoas, e indubitavelmente, com "a sensibilidade modernista europeia", registou as grandes mudanças de um século de extremos (Hobbsbawn) captando momentos.
Linch começou aqui:
Satiric Dancer, 1926
segunda-feira, novembro 21, 2005
quinta-feira, novembro 17, 2005
Visto.
Percebo agora porque afirmam ser este o mais Belo filme.
Se tão díficil será fazer um filme optimista, uma apologia ao amor e à felicidade, podemos então dizer que esta é uma obra prima, em que os actores foram uma benção.
A frase do filme:
"Nunca perdi a esperança, já conheço as marés, dei a volta ao promontório..."
segunda-feira, novembro 14, 2005
J. D. Salinger
Nove noites, nove cabeceiras necessárias para ler Nove Contos de Salinger.
O melhor: conhecem-se as personagens não pelas descrições mas pelos diálogos e as acções. Acho fabuloso um escritor não fazer uso extenso de descrições, existem muitos que dependem delas para quase tudo.
Estes pequenos contos que devoramos sem dar conta do tempo, fazem-me lembrar as crónicas semanais de Lobo Antunes, principalmente pela nostalgia das coisas pueris admirada na primeira pessoa como em O Homem Gargalhada. Assim como na subtileza dos diálogos, e as tão sui géneris personagens que passam a viver no nosso imaginário quão extraordinário se torna a sua paulatina descoberta.
Os contos, podemos afirmar, têm uma curta duração, mas não desaparecem tão rapidamente da nossa memória, porque não há lugar a um final que encerre uma história ou a vida dos que a protagonizam, a história mantém-se em aberto, no nosso imaginário as possibilidades são imensas, e conclusões, essas também são deixadas em aberto para nós as escrutinarmos.
Não existe um padrão de ínicio, meio e fim. Estes contos, são como uma memória fotográfica como que isolada mas com um intrínseco sentido da continuidade da vida e da realidade, e por isso da sua exterioridade e anterioridade relativamente ao autor. As personagens e o desenrolar da história não dependem do autor, estes existem de forma autónoma, já existiam e continuarão a existir sem a sua presença. É aqui, que observamos o talento do criador, e também a sua humildade perante a realidade, a beleza está nela, a obra é maior, ultrapassa aquele por quem foi criada.
As personagens e a suas histórias continuam sem a nossa presença, sem que conheçamos um final, não existe a pretensão de uma moral da história. Não existem juízos de valor ou de facto.
Admiro a quem não tem pretensões, quem é humilde, a quem não vê a história apenas como um futuro tangível de deixar a marca.
O futuro para os escritores são os leitores, a marca deixam-me as personagens das histórias que leio e não os seus criadores.
Esta é para ti Saramago.
O melhor: conhecem-se as personagens não pelas descrições mas pelos diálogos e as acções. Acho fabuloso um escritor não fazer uso extenso de descrições, existem muitos que dependem delas para quase tudo.
Estes pequenos contos que devoramos sem dar conta do tempo, fazem-me lembrar as crónicas semanais de Lobo Antunes, principalmente pela nostalgia das coisas pueris admirada na primeira pessoa como em O Homem Gargalhada. Assim como na subtileza dos diálogos, e as tão sui géneris personagens que passam a viver no nosso imaginário quão extraordinário se torna a sua paulatina descoberta.
Os contos, podemos afirmar, têm uma curta duração, mas não desaparecem tão rapidamente da nossa memória, porque não há lugar a um final que encerre uma história ou a vida dos que a protagonizam, a história mantém-se em aberto, no nosso imaginário as possibilidades são imensas, e conclusões, essas também são deixadas em aberto para nós as escrutinarmos.
Não existe um padrão de ínicio, meio e fim. Estes contos, são como uma memória fotográfica como que isolada mas com um intrínseco sentido da continuidade da vida e da realidade, e por isso da sua exterioridade e anterioridade relativamente ao autor. As personagens e o desenrolar da história não dependem do autor, estes existem de forma autónoma, já existiam e continuarão a existir sem a sua presença. É aqui, que observamos o talento do criador, e também a sua humildade perante a realidade, a beleza está nela, a obra é maior, ultrapassa aquele por quem foi criada.
As personagens e a suas histórias continuam sem a nossa presença, sem que conheçamos um final, não existe a pretensão de uma moral da história. Não existem juízos de valor ou de facto.
Admiro a quem não tem pretensões, quem é humilde, a quem não vê a história apenas como um futuro tangível de deixar a marca.
O futuro para os escritores são os leitores, a marca deixam-me as personagens das histórias que leio e não os seus criadores.
Esta é para ti Saramago.
segunda-feira, novembro 07, 2005
Peter Nordahl Trio
Por mais anos que passem continuo a adorar Plaintive Rumba em Back to Earth. Fico num daqueles estados, em que independentemente daquilo que esteja a fazer ou quem quer que esteja a conversar, entro automaticamente em estado contemplativo. A faixa está tão bem conseguida que me acho na obrigação de a escutar com toda a atenção e sentidos. O baixo, o piano...excelente. Começa com uma melodia quase infantil de tão simples para logo então apresentar uma mestria na confluência complexa de apenas três instrumentos mas que constroem na perfeição uma composição soberba.
É das únicas composições que me faz recuar quando afirmo a minha preferência por Jazz Vocal, a par com as obras de Davis e Ellington.
É das únicas composições que me faz recuar quando afirmo a minha preferência por Jazz Vocal, a par com as obras de Davis e Ellington.
quarta-feira, novembro 02, 2005
Á lampiões!.....
Porto
Gaia
E esse teu ar grave e sério
No rosto de cantario
Que nos oculta o mistério
Nessa luz bela e sombria
Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse jeito fechado
De quem mói o sentimento
E é sempre a primeira vez
Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa....
P.S. A quem foi combinado ir ao Porto, não se descombina, o facto é que foi decidido com os Ferreira Jorge às cinco da manhã de sábado a viagem, e não sei como, passado seis horas lá estavamos!
Gaia
E esse teu ar grave e sério
No rosto de cantario
Que nos oculta o mistério
Nessa luz bela e sombria
Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse jeito fechado
De quem mói o sentimento
E é sempre a primeira vez
Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa....
P.S. A quem foi combinado ir ao Porto, não se descombina, o facto é que foi decidido com os Ferreira Jorge às cinco da manhã de sábado a viagem, e não sei como, passado seis horas lá estavamos!