terça-feira, setembro 26, 2006

Ontem fizemos uma matiné a ver filmes de infância do J..
E, por mais que tivesse ouvido estas histórias na primeira pessoa, nos serões de lareira, martinis e abafadinhos, nunca imaginei que me tocasse tanto visualizá-las.
Ver memórias é intenso.
Houve momentos até de alguma confusão, vê-lo tão pequeno, tão diferente, mas em pequenas subtilezas, reconhecê-lo como ele é hoje, e, ao que parece como ele já era então. Observá-lo ali numa pequena tela, tão real, e olhar para o meu lado e vê-lo de novo. Curto-circuito. Explosão de amor e confusão.
Amei-o em pequeno, com cabelo à «tigela», e óculos que lhe ocultavam metade da cara, ranhosito, mas sem dúvida, sempre atento, enérgico e com uma boa disposição contagiante, uma presença que nunca foi indiferente, que às vezes parece o ultrapassar a ele próprio, uma centelha só dele.

Os momentos de intimidade mostram-nos outras faces dos outros, caretas, desabafos, «babusices», assim como aqueles momentos únicos, que marcaram as vidas de um conjunto de pessoas que gradualmente, ao observar estes vídeos se tornaram a meus olhos especiais e também eles únicos. O primeiro gato, a primeira casa, a primeira bicicleta, a primeira viagem...sobretudo a forma como os viveram.

A memória é selectiva, mas ao ver as histórias sinto que não me mentiram, existe beleza em cada frame. As imagens são carregadas de amor e paixão pelos outros e pelas coisas, uma força e uma vontade de viver.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Viva, uma raridade Viva....Pim


"(...) Natália Correia diz poesia como quem brinca, como quem ama, como quem escuta e como quem ecoa. (...) Declamar poesia é para muitos. Dizer poesia é para os poucos que nos fazem felizes: aquelas e aqueles em quem as deusas puseram, in illo tempore as suas complacências"


Palavras de Maria Lúcia Lepecki.
P. Bausch - Agosto 2006, Helô Bortz

sexta-feira, setembro 15, 2006

Hoje o poker foi muito strawberry fields, não sei se foi do argilé ou do Robert Johnson...
depois de um começo de extermínio total, perdi em prol dos pobres coitados fartos de um jogo interminável, já enveredando para o blues.
a busca pela happy house contínua, e pelo que me apercebo, para fazer uma escolha permanente parece que a única forma de o conseguir será por meios informais...de resto já não consigo escolher nada através de fotografias mínusculas com fotografias de casamentos dos terríveis anos setenta em portugal, galos de barcelos e lembranças das férias no Algarve...

quarta-feira, setembro 13, 2006

Deslizo no ainda verde.
Caí aqui por um acaso
Acaso que me faz subir outra,
e outra vez...
De novo caio, deslizo.

Repete-se, aquilo que é certo
como é certo tornar castanho e caír
como é certo o estalar quando são pisadas
o cheiro a molhado...

Aquilo que Ela me dá é constante
a beleza cíclica,

a renovação eterna.
De novo me diz que está lá,
que me acompanha,
que faz parte de todas as coisas,
que nada lhe pode escapar.

É sorte e honra
o que podemos assistir a todos os Invernos,
a todos os Outonos,
Primaveras
e Verões.

Poder-te-ei dizer que admiro
todas as tuas coisas,
como te manifestas, em cada olhar, semeadura,
como em cada dia as coisas não permanecem iguais.

O olhar que transporto
torna-me impotente de passar por ti
e não parar.
O encantamento não é para os cegos.
A ti devo todos os pequenos prazeres,
e agora percebo porque criaste o fim,
pequenos finais.

Para nos podermos encantar
infinitamente,
em todos os Invernos, Outonos
Primaveras,
e Verões.


segunda-feira, setembro 11, 2006

Brasil e a sua Madeira!

Com dez anos de experiência em investigações sobre assuntos ambientais em vários países, como o Peru e o Brasil, Vanessa Sequeira estava a efectuar uma pesquisa que apresentaria como tese num curso de doutoramento oferecido pelo Centro Tropical de Investigação e Ensino Agronómico, da Costa Rica, e pela Universidade de Bangor, no Reino Unido.

??????A mesma fonte adiantou que a investigadora portuguesa estava a tomar banho, no domingo, num pequeno riacho em Toco Preto, a 145 quilómetros de Rio Branco, quando terá sido vista pelo suspeito.?????
O quê que ele andava a fazer no meio da Amazónia, numa aldeia de nativos a 150 kms da civilização? aconteceu passar por lá?estaria a passear? a mulher disse que ele teve durante horas no domingo a beber aguardente! onde? em Toco Preto a 150 kms? a depois andou de bicicleta esse trajecto? um ex-presidiário em liberdade condicional?que deixa pistas destas? deixou um trilho de objectos até ao corpo, mais parece as migalhas de Hensel e Gretel!

http://altino.blogspot.com/2006/09/uma-vida-to-rica.html

http://reservasextrativistas.blogspot.com/

quarta-feira, setembro 06, 2006

...

Quanto aos resultados estatísticos do Inquérito às Práticas e Aspirações Culturais, as opiniões e sugestões dividem-se segundo os grupos e condições sociais, dessa forma, avanço de forma resumida e geral as principais linhas que se relevam e tornam mais importantes para a programação cultural:
- Quanto às sugestões para os operadores culturais, os inquiridos dividem-se entre uma maior divulgação das actividades/eventos e a descida dos preços.
- Na linha das sugestões e preferências na programação cultural, sobressaem as actividades ao ar-livre, festas e concertos. Neste campo os indivíduos demonstram a preferência em viver a cultura como uma experiência colectiva e não individualizada, a ida a um evento constitui-se por uma prática de convívio e não apenas de assistência, é uma forma de participação na sociedade e de integração no tecido social. Desta forma uma exposição deve ser acompanhada por uma cerimónia de abertura ou encerramento, proporcionando a interacção entre os vários participantes, assim como os vários eventos devem ser realizados num local que proponha a interacção e o convívio. Não havendo tal possibilidade, criar nos locais elegidos para o evento, espaço à interacção e conhecimentos dos vários actores, os autores, assistentes, amigos, produtores, etc.. Torna-se importante que uma saída cultural seja mais do que a ida a um local anódino e sem ambiente social com o objectivo único da assistência ou observação de obras destítuido do factor mais humano de contacto social, aos públicos culturais é também necessário o conhecimento por detrás das obras, o contacto com a rede que lhe subjaz.
-O cinema é uma das áreas de destaque nas preferências, transversal a classes e grupos etários. Esta é uma linha de aposta que sugere grande reciprocidade, também pelo carácter de culto que lhe está inerente. Actualmente existem várias correntes cinematográficas com sucesso consagrado nas bilheteiras pelo que já justifica ou merece a criação de ciclos temáticos, como o cinema-documentário, americano, clássico, europeu, de realizadores, de guerra, ficção científica, entre tantos outros.

sábado, setembro 02, 2006

O novo paraíso de Lisboa...

chama-se Meninos do Rios, fica na zona ribeirinha do cais do sodré, depois da Portugália. À tarde nas "cangalangas", ou à noite para uma refeição ou serviço de bar é sempre agradável, e ao som de Kings of convenience ainda melhor...
O prato que experimentei foi fantástico, e o preço não é abusivo como se esperava pelo sítio, atendimento e apresentação. Boa nota.